8 de novembro de 2009

Sonhos e reflexões...

Hoje tive mais um daqueles sonhos que sei que não é sonho, mas avisos e reflexões do mundo espiritual que devo usar para melhorar minha vida e a mim mesma. Mas hoje fiquei surpresa por ter sonhado com o orixá Oxumaré, que é o Senhor da Serpente, dos ciclos da vida e procura nos alertar a nos livrarmos de mágoas, ódio, raiva, vingança...sentimentos todos estes opostos ao sentimento mais nobre e belo que existe, o Amor. Contarei meu sonho e logo em seguida escrevo sobre o recado que este sonho me passou...Prossigamos então, pelas estradas do onírico...

Comecei sonhando com o pai de santo de candomblé da minha mãe, que foi feito no jeje...Mas ele estava vestido de mago e me dava de presente uma serpente branca, mas um branco leitoso e como se fosse feita de energia e não de matéria...Eu perguntava a ele como eu falaria com ela, já que não sabia como fazer. E ele me dizia que eu deveria descobrir sozinha como fazer isso. No entanto, eu a pegava e olhava profundamente em seus olhos e sua alma entrava em sintonia com a minha e então ela vinha até a mim espontâneamente e subia em meus braços. Então, eu pegava uma espécia de recipiente em forma de ovo, que era feito de vidro e ela deveria entrar neste recipiente para repousar. Mas enquanto ela entrava, eu deixei de vê-la como serpente e parecia que ela tinha traços de gato, de ave ao mesmo tempo e isso me causava repulsa e acabei me desconcentrando e então, ela assustada com minha reação, cravou suas presas em minha mão, mas isso não me incomodava. Perguntei ao pai de santo se havia algum problema por ela ter me mordido, e ele me perguntou como ela estava quando fez isso e eu lhe disse que ela estava com medo.Então, naquele momento ele me disse que o medo era um sentimento negativo, naquele momento então usei minhas mãos para retirar o veneno de minha pele e quando ele saiu, se parecia com um pó esverdeado que se desfez no ar...Mas naquele momento, havia uma mulher sentada próxima de mim e senti que ela me injetava algum veneno, mas ao olhar pra ela eu sabia de onde vinha aquele veneno e lhe dizia: "- Mandarei este veneno de volta!" Mas ao lhe dizer aquilo senti que eu mesma me envenenava ao ficar correspondendo ao ódio com ódio.

De repente, estava em outro lugar um grande salão que não havia teto e se podia olhar o céu, nisso eu trançava longas cordas coloridas que eu sabia que cada corda daquela era uma mágoa, raiva ou ódio que sentia por alguém em todas minhas vidas...Refleti no momento, ao olhar pra cima e ver que as cordar coloridas formavam uma grande e imensa árvore de cordas coloridas, me surpreendi e me envergonhei e disse pra mim mesma: - Nossa, mas existem coisas aqui que se foram há tanto tempo, tantos milênios, pra que vou continuar mantendo tudo isso? E no momento que disse aquilo, levantei minhas mãos e fui destrançando todas as cordas e elas iam se desfazendo e choveria cordas do céu até ao chão...Mas sorri naquele momento e com as mãos erguidas, disse palavras para que aquelas cordas se transformassem em doces e caíssem para todas as crianças e pessoas que estavam no outro salão assistindo a uma espécie de palestra...Fui chamá-las e os doces caíam, junto de flores numa chuva colorida e bela...Haviam adultos e idosos que acham bonito, mas estavam envergonhados, então joguei doces em suas mãos...e a paz parecia reinar naquele instante.
Este foi meu sonho, Oxumaré é o Senhor das Serpentes, o Senhor do Arco-Íris, por isso a cobra e as cordas coloridas...Ele estava me alertando de que minhas mágoas, meu ódio e vinganças contra pessoas que me machucaram só enrolariam minha vida e se transformariam em laços de mágoas que não teriam fim e que me envenenariam...Me aconselhou que eu devo voltar a ser criança, levando a vida de forma leve, sem dores e vinganças, transformando minhas mágoas em doces e minhas dores em perdão...Realmente o ódio e as mágoas têm me aprisionado em mim mesma e tenho me sentido sozinha e cansada de tudo...O que mais quero é me livrar de tudo isso, seguindo este doce conselho do orixá sagrado, Oxumaré...Que nos dê paz, força e luz para vencermos a nós mesmos em nosso caminho de evolução...E em agradecimento, deixo a saudação de Oxumaré em yorubá para que possamos sentir a energia colorida desse orixá amado... Arroboboi! Paz e Axé...

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5 de outubro de 2009

Maresia

Ouço o mar que me chama ao longe, sempre a mesma praia a cantar meus sonhos... Mas são teus olhos que busco ao horizonte. Sempre teu olhar que me falta, que queima minha pele em um fogo de ausência como se nada me fosse suficiente, como se tudo fosse ainda pouco se eu não puder repousar a face em teu corpo. E como explicar em letras fixas, um sentimento abstrato e imenso, capaz de superar o Tempo, o glorioso legislador de todas as eras?
Mas não, meu oceano, não se extinguiu a espuma de suas águas nem o doce mel de teus amores em meus lábios, que sempre te aguardaram como a espera de um grande presente divino. Néctar dos deuses, eis o verdadeiro sabor dos amores que não se extinguem!
Caminho lentamente por entre a areia, com medo talvez de que minhas pernas se dissolvam ao toque de tuas águas e eu já não possa mais sair, somente submergir inerte e entorpecida nos teus encantos venenosos que me aprisionam e me libertam...como um vício!
Ah meu banquete de amor eterno, não deseje você incitar os meus vícios!! Ou seremos nós um oceano de entorpecimento...e delírio.
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24 de agosto de 2009

Rosas vermelhas

Entre meus dedos uma taça de vinho e em minha alma cicatrizes que brilham sob a luz da lua...Ah fogueira minha, ilumine minhas dores e me coroe de flores nesta dança que me eleva acima das tempestades com a ponta dos pés!
Envio meu sorriso aos pássaros para que plantem no céu anil mais uma estrela e ainda busco minha pérola sagrada neste baile de máscaras. Ah máscaras de carne, como sois todas iguais em seus olhares de granizo! Te envaideces por gerar fontes de lágrimas, mas supremo e divino de fato é aquele que se torna capaz de gerar fontes de bálsamo, cachoeiras de amor e mares de doces lembranças...
Se não me reconheces, cavalheiro, neste denso oráculo da eternidade...basta que me observes dançar em volta da fogueira com o olhar nas estrelas e com a lua a me fazer brilhar nesta noite eterna...Não me conte as cicatrizes, mas sim as rosas de meu jardim...Pois terás uma para cada dia em que te busquei nestes dias sem fim, para que pudesse ressuscitar meus sonhos e relembrar-me o significado do mantra felicidade.
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8 de agosto de 2009

[des]pedaços

E ela caminha vagarosamente enquanto seus pés tocam o mármore. E o frio já não sente, tudo se torna morno quando se gera na alma uma fonte de gelo. O olhar fixo a deslumbrar o nada, desejando que tudo apodreça nesse cadáver de teatralidades que chamam de mundo. E que sua alma apodreça eternamente como seu corpo, este marionete de suas imoralidades.
E nas trevas de suas dores, só o eco do vazio.
As divindades se tornaram pagãs e as emoções são folhas jogadas ao vento, em suas cores macilentas, feito peças de um quebra-cabeça que se perdeu em zilhões de pedaços microscópicos...tais como germes, vírus enfraquecidos que já não são mais capazes de infectar com a doença amor os bonecos de gesso.

Ouvindo: Hungry Lucy - A girl alone
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15 de julho de 2009

Ressaca

Ando meio cansada de tudo, cansada dessa vida de noitadas e bebedeiras sem fim que me envolvem num turbilhão etílico de sonhos frágeis e ilusões duradouras. Uma pirâmide de garrafas vazias empilhadas no canto da parede, o violão jogado mudo ao chão e palavras também vazias lançadas ao vento. E olho teu rosto cansado ao amanhecer meu caro amigo, dizendo que também abandonará essa vida torpe...E são palavras essas que duram até a próxima bebedeira.
Meus pés afundam nesse lago de areia movediça e sinto definitivamente que preciso nadar até uma margem mais segura, menos sem sentido.

Sentido, sentido, sentido...Procura-se um sentido...já estou farta de aventurazinhas medíocres.
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9 de julho de 2009

Uma carta para o destino

Penso o que será que o segundo semestre desse ano me reserva, pois mal começou e já me traz notícias tão longínquas...
O que aconteceu no passado, o que acontece agora e o que acontecerá no futuro são fios que se entrelaçam e irão somente ao fim me dar uma idéia da imagem que será bordada na teia de minha vida...
Sim, meu caro, tantas tragédias aconteceram e ainda acontecem e nos fazem ver que não somos tão donos assim de nossos destinos. E arrepender-se será que trará alguma mudança nos fatos? É um grande fato como a ignorância de uns ainda trazem muitas lágrimas para outros e neste caso, estas foram minhas e suas...Se bem que lágrimas ele agora também chora, mas não sei que ações geraram esse sofrimento. Só espero que a dor passe. Para todos. Que saibamos como agir, sentir e reagir tirando o melhor aproveitamento dessa lição de nossas vidas...
Não, eu nunca esqueci você...Mas eram lembranças carregadas de dor e mágoa. Agora que mais uma página se vira nesse momento, confesso que não sei o que sinto...Sinto-me abalada por um vento forte que leva consigo retalhos, pedaços de minha vida e de tudo que passamos e sentimos...Mas onde estará a agulha que irá unir esses retalhos?
Você esteve presente nos momentos mais difíceis da minha vida e eu estive presente em algum dos seus, talvez não como eu gostaria, pois minha vontade era de lhe apertar em meus braços e lhe dizer que tudo ficaria bem, mas não pude...Bem sabemos que isso não dependeu de minha vontade nem da sua. Sempre estivemos juntos, mesmo que distantes por algo talvez maior do que sejamos capaz de explicar e sinto que este caminho ainda não teve seu fim, pois nossos corações ainda batem meu querido mesmo que por muitas vezes tenhamos desejado que ele já não emitisse mais nenhum som.
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3 de julho de 2009

mots froid

insônia palavras frio superficialidade confiança mágoa raiva medo dados bebidas sono amizade sede lágrimas placebo msn
Eis uma daquelas noites em que se acorda na doce ilusão de que irá beber um pouco d´água e voltar aos seus sonhos, mas não. Sua garganta seca e de repente você se pega pensando em coisas que te magoam e o quanto isso tem afetado seu comportamento...
Hoje uma pessoa me perguntou na internet se eu havia sido casada, achei até engraçada a pergunta, de repente me perguntou se eu havia namorado por longo tempo, porque eu parecia ter sido magoada, parecia ter tido várias decepções...Respondi com uma pergunta (até me lembrei do programa Chaves quando dizem que só os idiotas respondem uma pergunta com outra pergunta, mas perguntei do mesmo jeito): quem não teve decepções? E tive que ouvir, que às vezes minhas palavras parecem tão frias...
Isso me fez pensar em todas as palavras frias que tenho ouvido ultimamente, em todo o teatro de superficialidades que somos obrigados a viver e encenar mesmo quando as cenas nos dão náuseas...Me senti estúpida por todas as vezes que corri atrás de pessoas que não valiam a pena, mas como eu saberia que não valem a pena até que eu tentasse? Ainda prefiro fazer algo e me arrepender do que não fazer e essa dúvida me torturar. Mas o arrependimento não é menos amargo, é como uma cicatriz que hora ou outra sempre acaba sangrando...

De fato, talvez minhas palavras andem realmente frias...Provavelmente coaguladas em minhas mágoas e cicatrizes...
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26 de junho de 2009

Memórias

Quero uma alma medieval, feita de abissais lembranças e de desejos profanos...Que sinta o ódio queimar sua pele, mas não se contamine por suas iniquidades. Que guarde as experiências tatuadas em seus ossos, mesmo quando estes já se tornaram pó. Que saiba o valor de um dia mesmo quando a paisagem é o horizonte de uma eternidade abstrata...Que saiba provar o beijo de um inimigo e cuspir na face de quem ama, para protegê-lo das sombras que não se vê. Que ande tranquilamente sob a luz e que mergulhe nas trevas com o rosto erguido enquanto degusta seu gole etílico com sabor de passado...
Quero continuar vendo teu riso em minha mente, enquanto seu rosto me é um borrão de grafite numa pintura secular... Dançar a última das danças sob o ritmo da ampulheta...e da areia moldar o vidro que irá rasgar o véu negro do esquecimento...
Ah como te espero, alma medieval de abissais lembranças e desejos profanos!
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19 de junho de 2009

Cacos de vidro

raiva impaciência falta bebidas torpor vertigem frio medo palavras avulsas música placebo requiem sonho morte vida mar luz torpor correria indiferença
Estou batalhando contra quem? Meus pés não tocam o chão, mas mesmo assim posso sentir o mar em meus dedos, tocando a minha pele com sua espuma fria e me mostrando como a vida é instável como o balançar das ondas. Como foi seu dia? Perguntam-me...e o dia ainda nem terminou. Como saberei? E dessa forma, por que desejo tanto saber como será o amanhã?
Desejo...Ainda sinto o toque da bebida em meus lábios e já faz algum tempo que não sinto mais o seu torpor. Ah delírios! Já não sei mais o que significa a palavra fria e dura como gelo: realidade. Mas a sinto como algemas a tentar aprisionar meus pés no chão de areia movediça...e quero quebrá-la, rompê-la com meus dentes...E gargalhar delirante ao dizer: devorei-te ó realidade, digeri sua essência em meu estômago de sonhos!!
Mas ainda sinto seus olhos de gelo tocarem minha pele invisível e dizer que o dia foi corrido, como se isso justificasse o esquecimento...das coisas que não existem...Pausa.
E sinto o calor que ainda existe feito fogueira no interior dos que sonham, que gritam em instrumentos mudos seu mundo de caos onde nada permanece porém...toca.
Pobre ser, ó insensato...tão vivo, tão sóbrio, tão prostituído s[em] suas ilusões.

vem...iluda-me, entorpeça-me e vá...já que o possuir não adentra seus domínios e minha pele é feita de água salgada, onda viva, que queima como fogo...teus mosaicos musicais.
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12 de maio de 2009

ao som de She lost Control...

paranóia pensamentos música ansiedade espera sorriso lembranças janelas ritmo caminhos intensidade dança noite tequila
De repente você se levanta e olha o quarto a meia luz, iluminado por algo chamado sol e que já brilha há algumas horas e sente como que alfinetes em sua pele movendo seu corpo e sentidos para o mundo. Mas o mundo não é mais o seu centro, há uma atração que faz de sua própria intensidade o centro de tudo...que te importa ao menos.
Duas noites atrás passam a fecundar sua mente em forma de flashes de imagens que te marcaram, tais como ferro quente a marcar a pele de um bovino ou feito tatuagem que só se admira por dentro, feito luz negra a iluminar rastros de sentidos. Passa-se a pensar em um sorriso que te queima feito arma nuclear, em restícios de sarcasmo e alegria pura que te convidam a saltar do precipício das certezas ilusórias.
E eu mergulho nesse novo mundo sem ao menos me recordar de cicatrizes e lhe entrego os pedaços para que misture à sua bebida e deguste... Ah banquete meu de insanidades, que posso fazer se meu paladar é sempre meu guia?
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18 de março de 2009

Espera

Hoje vou começar com meu joguinho de palavras de associações livres, buscando que se esclareça um pouco o caos...ou não.

febre calma dor paz dança luz trevas caminho multidão fluorescente sentimento vazio nervosismo pena cansaço sono medo insônia solidão vaga fila desprezo branco prepotência danos morte indiferença déja-vu memórias cama comida fome lança política lei rua manchas doença meu ontem amanhã sutileza mendicância lama concreto sangue olhar livro faca choro lenço limbo languidez chuva sede falha fuga sentido
É preciso encontrar um abrigo de nós mesmos, uma fuga insensata e insana que nos traga a distância do contato, da pele profunda feita de músculos, sangue e fel. A máscara verdadeira, porém a menos bela e harmoniosa que nos delata diante de nós mesmos, os piores algozes, eternos inquisidores, fábricas de dúvidas infinitas.
Ó meu corvo vingador, anjo de aço e veneno que me olha com este semblante tão frio e me queima no desejo do absurdo! Teus soldados de concreto e vazio perambulam na tarde errante, com seus alfanjes nas mãos, prontos a decapitar os homens-pedra que vagam em seus caminhos. Esbarram na foice e não enxergam a lança. Não me viram, porém olharam fixamente como que buscando...o nada. Senti o frio de suas peles, o cansaço do tempo sempre tão carregado de memórias, a dor da espera, o asco, o medo do contágio, a respiração sufocada, o suspiro intolerante, o perambular de corpos que não se tocam, se odeiam, apenas.

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20 de fevereiro de 2009

Um universo só para 1...

A noite finda com a poesia que tece a vida dos notívagos, enlaçados que somos pelos carretéis de palavras que nos envolvem feito uma mortalha nas costumeiras noites em claro. E é esta clareza que me delata a tua cegueira. Por onde anda teu inconsciente volitante que ainda não percebeu as lâminas frias que habitam meus olhos? Lâminas estas, que não indicam que eu nada sinta, mas sussuram que eu aqui já não me encontro, que parti, e funcionam dessa forma, como portas a trancar em alguma dimensão menos fria, a minha alma e meus sentimentos.
É deveras interessante a forma como as pessoas perdem suas nuances de "seres humanos" quando o cérebro, ou melhor, nossa parte racional, toma as rédeas de nossas vidas. Aqueles seres antes vistos como símbolos emocionais por você, passam a ser somente números, reticências, paisagem ao invés de atores, e se tornam irrelevantes. O emocional que assumia uma forma de cavalo selvagem, se mostra agora feito um cão dócil e tolo, irritante como um poodle de madame.
E você descobre que precisa ficar só, que qualquer outra distração atrapalha o furacão de seus pensamentos, estes que perambulam em sua mente tão rápidos que já não se pode respirar, ou eles se perdem em algum buraco negro dentro da sua alma. E a solidão antes tão temida passa a ser uma necessidade frenética e o silêncio que era tão incômodo, passa a ser um bálsamo, um ópio para reduzir as dores causadas pelo excesso do Eu.
As pequenas marcas na parede branca começam a se mover feito insetos, o barulho das ruas roubaram meu silêncio, os olhos se tornam pesados diante da luz amarelada e suas lâminas rompem minhas teias de palavras feito uma guilhotina, arremessando-me para algum lugar onde se fabriquem os sonhos...E onde meu Eu possa se transformar em Outro.
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28 de janeiro de 2009

Sonhos Cintilantes

Queria ir pra longe, onde só existe a linha do horizonte que divide o céu e o mar...Onde o céu durante a noite com suas estrelas fosse um manto de luz...Onde as flores ao redor ornamentassem a grande festa natural...
Queria correr tão rápido feito o pensamento, com os pés tocando a areia e o sal e não pensar em nada...nada...Rir, como riem as crianças em seus mundos ainda imaculados de maldade e adormecer velada pelas aves sagradas da noite. E admirar teu doce olhar que também vela por mim dos céus, anseando que eu também alce vôo sem deixar nada para trás.
E é sob teu canto que me embalo minha Mãe Sereia, que leva minhas dores para longe, bem para o fundo do mar, para que elas jamais retornem e que me traz as moedas cintilantes, azul celeste, de prosperidade e alegrias para minha vida, para o meu hoje, meu agora...
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