8 de agosto de 2009

[des]pedaços

E ela caminha vagarosamente enquanto seus pés tocam o mármore. E o frio já não sente, tudo se torna morno quando se gera na alma uma fonte de gelo. O olhar fixo a deslumbrar o nada, desejando que tudo apodreça nesse cadáver de teatralidades que chamam de mundo. E que sua alma apodreça eternamente como seu corpo, este marionete de suas imoralidades.
E nas trevas de suas dores, só o eco do vazio.
As divindades se tornaram pagãs e as emoções são folhas jogadas ao vento, em suas cores macilentas, feito peças de um quebra-cabeça que se perdeu em zilhões de pedaços microscópicos...tais como germes, vírus enfraquecidos que já não são mais capazes de infectar com a doença amor os bonecos de gesso.

Ouvindo: Hungry Lucy - A girl alone

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