
raiva impaciência falta bebidas torpor vertigem frio medo palavras avulsas música placebo requiem sonho morte vida mar luz torpor correria indiferençaEstou batalhando contra quem? Meus pés não tocam o chão, mas mesmo assim posso sentir o mar em meus dedos, tocando a minha pele com sua espuma fria e me mostrando como a vida é instável como o balançar das ondas. Como foi seu dia? Perguntam-me...e o dia ainda nem terminou. Como saberei? E dessa forma, por que desejo tanto saber como será o amanhã?
Desejo...Ainda sinto o toque da bebida em meus lábios e já faz algum tempo que não sinto mais o seu torpor. Ah delírios! Já não sei mais o que significa a palavra fria e dura como gelo: realidade. Mas a sinto como algemas a tentar aprisionar meus pés no chão de areia movediça...e quero quebrá-la, rompê-la com meus dentes...E gargalhar delirante ao dizer: devorei-te ó realidade, digeri sua essência em meu estômago de sonhos!!
Mas ainda sinto seus olhos de gelo tocarem minha pele invisível e dizer que o dia foi corrido, como se isso justificasse o esquecimento...das coisas que não existem...Pausa.
E sinto o calor que ainda existe feito fogueira no interior dos que sonham, que gritam em instrumentos mudos seu mundo de caos onde nada permanece porém...toca.
Pobre ser, ó insensato...tão vivo, tão sóbrio, tão prostituído s[em] suas ilusões.
vem...iluda-me, entorpeça-me e vá...já que o possuir não adentra seus domínios e minha pele é feita de água salgada, onda viva, que queima como fogo...teus mosaicos musicais.

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