Hoje vou começar com meu joguinho de palavras de associações livres, buscando que se esclareça um pouco o caos...ou não.febre calma dor paz dança luz trevas caminho multidão fluorescente sentimento vazio nervosismo pena cansaço sono medo insônia solidão vaga fila desprezo branco prepotência danos morte indiferença déja-vu memórias cama comida fome lança política lei rua manchas doença meu ontem amanhã sutileza mendicância lama concreto sangue olhar livro faca choro lenço limbo languidez chuva sede falha fuga sentidoÉ preciso encontrar um abrigo de nós mesmos, uma fuga insensata e insana que nos traga a distância do contato, da pele profunda feita de músculos, sangue e fel. A máscara verdadeira, porém a menos bela e harmoniosa que nos delata diante de nós mesmos, os piores algozes, eternos inquisidores, fábricas de dúvidas infinitas.
Ó meu corvo vingador, anjo de aço e veneno que me olha com este semblante tão frio e me queima no desejo do absurdo! Teus soldados de concreto e vazio perambulam na tarde errante, com seus alfanjes nas mãos, prontos a decapitar os homens-pedra que vagam em seus caminhos. Esbarram na foice e não enxergam a lança. Não me viram, porém olharam fixamente como que buscando...o nada. Senti o frio de suas peles, o cansaço do tempo sempre tão carregado de memórias, a dor da espera, o asco, o medo do contágio, a respiração sufocada, o suspiro intolerante, o perambular de corpos que não se tocam, se odeiam, apenas.

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