
Como deixar o outono pra trás? Como recomeçar quando sentimos que talvez nunca tenhamos possuído de fato algum começo? Fragmentos. Pedaços isolados de grandes pequenos erros que cremaram em pleno nascimento os fetos da esperança. Esperança passada, diferente desta que agora guardo em meu peito, que embora nova talvez seja ainda formada de fósseis. Já não sei com que pés eu traço meu caminho, não reconheço muitas vezes meus próprios passos, apesar do sangue ser sempre o meu a gotejar nessa estrada. Fotografias rasgadas, dias nublados, apesar das diferentes trilhas o sentimento é o mesmo. O mesmo eco vindo da montanha fria. Quem sabe algum dia, quando se iniciar algum começo, eu possa olhar para trás e reconhecer meus passos no caminho.

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