30 de março de 2010

Medo

O medo. Palavra tão pequenina e tão intensa em suas consequências.
Dizem que os olhos são a janela para a alma, mas eu diria que se eles são de fato as janelas, o medo é a porta da frente. Mas não são somente aqueles que nos tem afeto e júbilo que nos espreitam, buscando fendas e fraquezas em nossos ossos e essência.
O medo congela nossos sonhos e objetivos, nos condena ao buraco negro do pessimismo nos fazendo parar, justificando incessantemente os por quês de não lutarmos. Ele é a chave que entregamos livremente àqueles que sorriem diante da hipótese de nossa queda. É a corda, que puxamos das nuvens, amarrando-as em nossos pescoços sob o pretexto de pára-quedas para nosso salto perante o abismo.
Mas como seria a queda daqueles que nem mesmo aprenderam a engatinhar nas entranhas de seu próprio eu? A queda é uma ilusão. Uma pausa e nunca um retrocesso.
Conhece-te...Encare teus próprios medos e saiba distingui-los dos medos alheios quando eles baterem em seu coração buscando morada, impedindo-lhe de degustar a primavera por receio das chuvas.
Que teu coração só possua o que lhe pertence, que teus medos sejam sempre seus, pois só você tem a chave para destruí-los...
Vá...e feche a porta.
[ ... ]